Dispostos, atentos, diante do momento exato de boom, o bote. As vezes temos sorte. As vezes planejamos. As vezes acreditamos que vão fazer exatamente o que faríamos. E na verdade o trunfo, o trunfo, cumpadi, está em fazer exatamente o que estamos dispostos a fazer.
Não é tão agradável,
talvez, porque temos mania de controle, mas se mal controlamos nosso
destino, por que perder as poucas oportunidades que nos restam? Ah,
egoísta, auto - suficiente e todas essas coisas faladas diante do
fato de termos só um pouquinho de controle sobre nossos passos.
Os lábios enchem
d`água, os quadris se mexem sozinho e as mãos deslizam, aaaah,
deslizam e as palavras vem acentuadas com todo prazer apreendido no
Mundo. Sedução, propensão, dilatação, tesão. Ui. Como é bom
saber o momento do corpo ficar arrepiado diante do fato. O fato é:
Tô fazendo!
A cara de surpresa, de
espanto, de compreensão, ou não, só porque a decisão veio de uma
figura não tão respeitável assim. Uma figura exótica, diferente.
Uma figura, apenas uma figura. E o coletivo que nunca foi coletivo
reivindicando o direito de um determinado conhecimento, contaminado
pelo atraso coletivo de uma cidadela com síndrome de gigante.
Gigante
atômico, olhando e vendo as formigas assustadas... ai, ai, vem
comigo agora, me beija gostoso, só não me atrapalhe quando o bonde
passar, pois vou entrar, pode ter certeza...