sábado, 11 de julho de 2015

Tesão





Dispostos, atentos, diante do momento exato de boom, o bote. As vezes temos sorte. As vezes planejamos. As vezes acreditamos que vão fazer exatamente o que faríamos. E na verdade o trunfo, o trunfo, cumpadi, está em fazer exatamente o que estamos dispostos a fazer.
Não é tão agradável, talvez, porque temos mania de controle, mas se mal controlamos nosso destino, por que perder as poucas oportunidades que nos restam? Ah, egoísta, auto - suficiente e todas essas coisas faladas diante do fato de termos só um pouquinho de controle sobre nossos passos.
Os lábios enchem d`água, os quadris se mexem sozinho e as mãos deslizam, aaaah, deslizam e as palavras vem acentuadas com todo prazer apreendido no Mundo. Sedução, propensão, dilatação, tesão. Ui. Como é bom saber o momento do corpo ficar arrepiado diante do fato. O fato é: Tô fazendo!
A cara de surpresa, de espanto, de compreensão, ou não, só porque a decisão veio de uma figura não tão respeitável assim. Uma figura exótica, diferente. Uma figura, apenas uma figura. E o coletivo que nunca foi coletivo reivindicando o direito de um determinado conhecimento, contaminado pelo atraso coletivo de uma cidadela com síndrome de gigante.
Gigante atômico, olhando e vendo as formigas assustadas... ai, ai, vem comigo agora, me beija gostoso, só não me atrapalhe quando o bonde passar, pois vou entrar, pode ter certeza...