quinta-feira, 31 de maio de 2012

Jornal do Emecê

domingo, 20 de maio de 2012

Conceito de Entrega – Em busca do camarote perdido


Olho um militante secular na sacada de um prédio, assistindo o show do Milton Nascimento com um copo de vinho na mão. Toda uma orquestração elitista para celebrar o uso do dinheiro público em benefício privado e o militante secular na sacada do apartamento que não é o dele, assistindo a apresentação tranquilamente com o seu olhar distanciado para com o povo.

Uma interpretação leviana da minha parte, talvez. Só que estamos diante dum momento chave de perceber as associações, acordos e negociações em busca de benesses e seus graus hierarquicos que são socialmente definidos. Tudo em busca de privilégios.

Privilégios numa cidade de recursos partilhados por um gestor maior travestido de Prefeitura Municipal, gerido por grupos tradicionais em que os vultuosos recursos são distribuidos dentro de esquemas que passam por licitações, contratos, portarias, empregos temporários e cargos de carreira.

Nada de novo com essa informação, nem o que vou relatar agora, que são as relações entre os grupos, gerando classificações e os recursos, distribuídos e entregues de acordo com o grau de importância já pré-definido.

Ser ligado a um grupo político consolidado, ser de família tradicional, tem um coeficiente eleitoral de encher os olhos podem ser encarados como pré-requisitos fundamentais para que essas relações tenham envergadura.

Envergadura que se traduz em partilhas maiores dos recursos e domínio maior sobre seus e de vários passos dos ditos cidadãos. E aí que mora o grande caso, o problema. Os cidadãos com os passos controlados ou aqueles que querem chamar a atenção do grupo acima citado.

Aí vale tudo e o vale tudo se torna nocivo socialmente falando, pois detona as bases relacionais que definem as bases comunitários de grupos historicamente resistentes. Para chamar atenção do grupo que detem a partilha vultuosa, se detona o fio condutor que mantem os grupos unidos e fundamentados diante de adversidades e das reinvicações.

Exemplo básico de grupos: Movimentos sociais, associações de moradores, partidos políticos, sindicatos. E o que acontece? Descrédito, cabide de influências, negociações de cargos, favorecimento pessoal. Tudo isso para se chegar e ter o que negociar com o grupo hegêmonico, com a elite.

As relações comunais são deterioradas em busca de chegar ao que chamo, de um espaço no camarote. O discurso de defesa do interesse coletivo se torna muleta social. Tudo para pegar um elevador ou subir uma escada e olhar para baixo com um certo desdém.

A relação com o outro se torna suspeita, se torna estratégica, ao menor vacilo te destituo, te jogo para escanteio. Não conte comigo para se alimentar, para se proteger do frio, para lutar junto para termos direitos. O que eu quero é ser enxergado pelo grupo que detem a maior parte, quero ser elite!

Mas nunca será, pois o máximo que consegue é a sacada e o copo de vinho e a sensação de ser usado para legitimar uma força representativa. “Nunca serão como nós, mas sempre tentarão.” A que custo? A que empenho?

Assistir o militante secular no auge de sua arrogância se achando o supra-sumo de um grupo de pessoas que digladiam todo dia para apenas se afirmar me fez pensar na seguinte pergunta: Vale a pena se entregar para tentar ser elite ou vale a pena lutar para derrubar essa elite?

Empolgadamente escolho a luta para derrubar a elite e sei que não conseguirei isso sozinho, mas sei que aqueles se entregaram fizeram muitos que poderiam lutar comigo desacreditarem. Continuemos!!

Diga bem alto, sou preto e me orgulho disso!

domingo, 13 de maio de 2012

Conceito de Entrega - a esquerda de quem vem


 Por Clovis Bate Bola

A Região dos Lagos sempre foi um poço de políticos direitistas muito antes da onda populista inundar essas praias. Nossas cidades são abastadas de figuras históricas que sempre defenderam as políticas mais absurdas de manutenção do Estado Zero nas prefeituras. Foi-se os dias de Chumbo da ditadura, os velhos puxa-sacos do regime continuam de pé se auto elogiando e tentando manter seu poderio já sem a pomposa ajuda dos militares.

Hoje vivemos os dias da loucura populista dos prefeitáveis messiânicos. São, em sua maioria, pequenos emergentes empresários que ascendem ao poder financeiro. Ao alcançarem o topo da pirâmide financeira em nossa região, estes emergentes migram para a política pública sempre com o mesmo discurso: Gerir a prefeitura como geriu seus negócios e se enriqueceu.

O que estes pequenos deuses emergentes não falam é que seu modo de enriquecimento, em sua maioria, não está atrelado a técnicas vistosas de vendas e marketing, mas muito jogo de pilantragem e enriquecimento ilícito cujo lema é sempre o mesmo: ACUMULAR BENS CUSTE O QUE CUSTAR.

Ao lado desses pequenos emergentes, a velha esquerda, já dada ao fracasso por perder forças nos partidos históricos, tende a servir como âncora de retórica para abrir os caminhos destes pequenos loucos endinheirados para a cadeira de prefeito.

Uma vez que estes prefeitáveis não têm conhecimento o bastante senão sua forma de acumular bens, precisam da retórica bem construída desses porta-vozes socialistas para convencer o povo. Como os antigos imperadores necessitavam da capacidade de convencimento dos sábios, assim carecem estes prefeitáveis emergentes de socialistas para se valerem de algum discurso progressivo em meio ao processo político.

O episódio da retirada de candidatura de um prefeitável nos mostra objeto semelhante de observação. Não bastou o ex-prefeitável abrir mão da candidatura e um antigo socialista já saíra em defesa.

Em princípio, a retórica desacreditava que o prefeitável fosse abrir mão da candidatura informando à um jornal de situação. Depois, com um discurso cheio de solavancos e elogios descarados ao empresário populista, marcou a defesa (como se o empresário precisasse) acusando os adversários de estarem se aproveitando da doença para fazer política.

Depois estes socialistas vão nas rádios e nos blogges acusarem a esquerda de ser tão pragmática. O apoio desses socialistas ao populismo me faz alegre por não pertencer a geração de 68.

Preto Brasileiro

sábado, 12 de maio de 2012

Claustrofóbikstape 2

Voltando e mostrando uma seleção de músicas, experimentos que podem ser compartilhados e servir de fonte de inspiração para alguém. A música é a arma!

Baixae para ouvir em qualquer lugar : download

domingo, 6 de maio de 2012

Claustrofóbikstape

Mixtape inspirada em imersões diárias de loucuras dentro do quarto. Virão muitas outras, com muitos sons, ordens, desordens, suingue e groove. A música é a arma...

Clautro by Emece on Mixcloud


 Baixa aqui pra ouvir onde quiser : download

quarta-feira, 2 de maio de 2012