quarta-feira, 20 de abril de 2011

Yuri Gagarin o revolucionário das artes

AutO proclamado revolucionário das artes, Yuri Gagarin realizará uma exposição permanente onde promete tornar concreto o conceito da arte.

Trata-se do momento onde o artista multifacetado faz uma espécie de metamorfóse ambulante usando o seu próprio corpo uma obra de arte.

Segundo ele, a sua arte transcende a própria compreensão da arte. Para entender suas obras, é preciso primeiro reconhecer sua perfeição e seu legado. Depois de ir a lua, Yuri avistou do alto do firmamento dos céus a pequena cidade de Cabul Frio. Compadecido com a tristeza em que se encontra a arte na pequena cidade do interior do Rio de Janeiro, resolveu descer dos céus e revolucionar a vida dos nativos.

"Essa minha obra pretende mudar a forma do CabulFriense de ver a apreender a arte. Eu neste momento sacrifico a mim mesmo em favor de alegrar este povo comedor de siri. Nestas performances, eu mesmo sou a arte. Emoldurei a minha perfeição e fiz uso das cores para interpretar a minha luz."

Confira a Obra Permanente que estará em exposição na Casa Wolney em CabUL Frio


Meu momento Thunder Cat

"Todo homem tem um felino dentro de si. Eu cresci com a mentalidade e que preciso ser feroz para expressar o que penso da vida e principalmente na hora de conquistar o meu espaço. Esta minha performance é a verdadeira expressão da minha garra e competência"





Homenagem os nossos antigos funcionários

"Nossa nação foi construída sobre os ombros fortes desses fiéis funcionários públicos. Se eu cresci em um berço esplêndido, reconheço que foi graças ao presente da África."






Salve a nossa fauna silvestre

"Minha performance em favor da natureza. Momento Bicho-preguiça. Eu pintei ininterruptamente o modelo para protestar contra o atropelamento desses animais nas pistas nacionais."





O deus das artes

"Quando visitei a Índia, fui pintado e venerado com um deus."














Pinta como eu pinto?

"Essa arte em parceria com alguns amigos foi uma das mais trabalhosas e recompensatórias."













A serpente maligna

"Esse foi um flagrante do meu momento de inspiração. Eu pintando uma cobra no corpo de um rapaz. A serpente era enorme e deu muito trabalho para colocar ela na posição certa. A sorte é que o rapaz foi muito atencioso."






Inspiracion

"Uma das obras mais claras da minha visão revolucionária de mundo e das artes. Foram dias de meditação e pensamento crítico quanto ao meu ser e minha função neste mundo para chegar a este resultado. O modelo foi um ótimo profissional. Escolhido a dedo. Para ser pincelado por mim, tem que ser profissional dos melhores."










Jesus salvando a África

"Essa foi uma das poucas pinturas onde mostro a minha visão messiânica acerca de Jesus o Cristo. Eu me inspirei muito na imagem dele, pois assim como o filho de Deus, eu sou uma espécie de Cristo nas artes. Da mesma forma em que Deus se fez homem e habitou entre nós, a arte se fez homem em mim para habitar no meio do povo."

"A segunda parte do quadro é a minha visão complementando a primeira parte. Ou seja, temos aqui um elefante que usa sua enorme tromba para se alimentar das folhas verdinhas na copa das árvores. Dessa mesma forma, o homem usa essa tromba para se alimentar e produzir vida. Essa é a minha visão metafórica como solução para o problema da fome na África."

Momento Capitão-Planeta

"Eu sou um homem que foi muito influenciado pelas histórias em quadrinhos, super-heróis, etc. Eu na verdade sou um super-heróis CabUlfriense. Nessa pintura, estou vestido de Capitão-Planeta fazendo minha performance em favor da vida e contra a construção do Shopping no Portinho."









Minha homenagem a Van Gogh

"Van Gogh foi um profeta. Ele pintou a minha trajetória perfeita como artista. Fiz essa performance em reconhecimento ao seu trabalho."









Selva de Pedra

"Minha manifestação de horror a violência no Rio de Janeiro. Essa pintura e performance fiz no dia em que houve o massacre. Não consegui conter a minha dor e revolta e fui para as ruas vestido de Lion-man como forma de chamar a atenção das autoridades quanto ao caos do cotidiano."




Meu bem, meu mal

"Uma obra onde mostro as duas faces da psique humana. Todo mundo tem seu lado bom e seu lado infernal. Eu provo isso com a minha obra. Nem as cores são capazes de expressar tão perfeitamente este conceito quanto a minha obra."











Dia do Índio

"Essa é a minha maior contribuição aos povos indígenas em Cabul Frio. Esse modelo eu importei da Malásia, pois essa é a minha visão idealizada do índio brasileiro. Puro e perfeito antes da miscigenação.





Sítio do Sana

"Meus pais têm um sítio em Sana, sempre que vou lá, faço uma pintura no mordomo da família. Ele passa dias cuidando do nosso patrimônio vestido de animal selvagem."












Eu salvei a cultura da cidade

"Essa performance foi no dia da estréia do filme Homem Aranha. Fui para a frente do antigo Cine Recreio e fiz esse magnífico ensaio fotográfico logo após."

O soco da justiça

"Nessa foto, que foi capa de um jornal local, foi uma manifestação de repúdio aos inimigos da arte em Cabul Frio. Esse é um golpe simbólico que entrou para a história da cidade como ícone da luta pela arte."



Yuri Gagarin é um artista imperativo e multifacetado. Atua com a arte em suas centenas de manifestações.

A pincelada revolucionária do multi artista e a exuberância nas cores é a livre expressão do pensamento que faz com que o sentimento seja expresso no olhar de quem o observa.

Sua vida é uma poesia sendo escrita e que agora apropria-se das pinceladas corporais, colocando o artista junto de sua obra, ora matutando com as cores, ora deixando um vácuo no espaço tempo para a própria arte o venerar.


Fonte: Bloco do Clovis

terça-feira, 19 de abril de 2011

Yuri Gagarin wins...


Extra, extra


Depois de 19 mil visualizações de sua entrevista exclusiva para o Bloco do Clovis, vou atrás do dignissímo Yuri Gagarin para saber como estava a sua rotina desde então. Eis que ele vem com uma novidade de abalar o queixo de nós, meros mortais. Com a palavra:


Yuri Gagarin – Emecê, meu próximo feito é virar caricatura e povoar todos os jornais da América Latina. Eu como caricatura será referencia para os latinos-americanos. Yuri Gagarin, a caricatura mais visada da América Latina. Já contatei o mestre Zel para ser o promotor da transubstanciação, já que ele seria o mais qualificado depois de mim, lógico.


Emecê – Mas Yury, corre o risco de usarem a página de sua caricatura para limpar vidros, bundas, chãos e similares.


Yuri Gagarin – Como artista único que sou, frequentar esses lugares seria o supra-sumo da cartasis artistica, pois a minha penetração está em todos os campos, digo, todos os campos. Eu sou a caricatura-mor Emecê, algo que você nunca chegará perto. Engula suas palavras ao chegar perto de mim agora.


Emecê – Tá bom então...

O Hacker da Kombi da Meia noite ataca novamente em Cabul Frio


Ele é misterioso.

Ataca entre um download e outro.

Sua vítima preferida:

Blogueiros de Cabo Frio ligados a prefeitos e ex-prefeitos.

É um personagem quase folclórico entre jornalistas forasteiros.

Seu nome é Hacker da Kombi da Meia-noite.

Sua nova vítima foi um blogueiro que tem mais visitas do habitantes na cidade de Cabo Frio.

Sua ação terrorista: Transformou inesplicavelmente as visitas por IP tão comemoradas pelo Blogueiro em Visualizações de Páginas e de quebra "molestou" o contador de visitas FAKE (aquele que permite começar o blog com milhares de visitas).

Se você é Blogueiro e mora em Cabul Frio, muito cuidado.

O Hacker da Kombi da Meia-noite está a solta e pode molestar seu contador de visitas FAKE.

terça-feira, 5 de abril de 2011

As raízes do rap: Jay-Z, por Mumia Abu-Jamal






"Não é comum que um rapper escreva um livro, pura e simplesmente um texto em prosa. Eles em geral pensam em rimas, estrofes, metáforas e batidas.

Quando aparecem esses livros, eles frequentamente são aquelas obras sofridas, menos escritas que ditadas para um autor profissional, mais enganação que um trabalho de arte ou de pensamento profundo.

Jay-Z produziu essa última opção.

Um MC de talentos quase lendários e uma grande reputação no mundo do rap, seus trabalhos tradicionalmente garimpam as ruas em busca de histórias de correrias, sobrevivência e, frequentemente, loucas baladas. Eles podem mimetizar a altamente polida arte do braggadocio [N.T.: termo em inglês, derivado da literatura, que indica um tipo de rap parecido com o que se vê em uma roda de freestyle ou em um duelo de repentistas, em que o MC se gaba de si mesmo e tira sarro dos adversários], de riqueza e hedonismo por que o rap é famoso.

Mas o novo livro de Jay-Z, Decoded ("Decodificado"), é um trabalho honesto, soberbo, bem escrito e surpreendemente político que serenamente recorda a era do nascimento do rap no Brooklyn e sua luta para encontrar um lugar nele.

Notavelmente, suas tentativas de conseguir assinar com as gravadoras eram repetidamente repelidas, uma amostra de quão perdidas as empresas fonográficas eram naqueles tempos iniciais do rap.

Mas ele realmente decola quando escreve sobre a necessidade de sua geração de passar por cima da recusa do passado, de preencher os dolorosos vazios deixados pela falta do pai, pioradas pela devastação da era Reagan e o açoite das drogas. Ele escreve:

´Eu sinto como se nós, rappers, DJs, produtores – pudéssemos contrabandear algo da mágica daquela civilização em nossa música e usar isso para construir um novo mundo. Nós éramos crianças sem um pai, e encontramos nossos pais no vinil e nas ruas e na história e, de certa forma, foi como um presente; nós conseguimos colher e escolher os ancestrais que inspirariam o mundo que nós estávamos construindo para nós mesmos.

Aquilo era parte do ethos daquele tempo e lugar, e construiu a cultura que nós criamos. Nossos pais já haviam ido embora, normalmente porque eles tinham quicado por aí, mas nós pegamos seus discos velhos e os usamos para construir algo novo (pág. 255 do livro).`

O livro é ricamente completado com letras dos mais famosos raps de Jay-Z, e várias outras colaborações. Dessa forma, é uma verdadeira arca do tesouro para as cabeças do rap e do hip-hop.

Decoded é o mapa de uma era que deu à luz um dos mais influentes gêneros musicais do século XX. Jay-Z contribuiu com um verdadeiro documento histórico sobre esse período."

Do corredor da morte, aqui é Mumia Abu-Jamal

domingo, 3 de abril de 2011

Podcast N° 8






Bloco 1

Criolo Doido - Não Existe Amor em SP
The Roots - Guns Are Draw
B. Negão e os Seletores de Frequência - Reação (Panela II)

Bloco 2

Negroove - Lady Oxum
Ponto de Equilíbrio - O que eu Vejo
Jermiside e Danny Diggs - Were We Go

Bloco 3

Inumanos - Polegar Opositor
João do Vale (Paulinho da Viola) - Voz do Povo
Jimmy Luv - Dias de Revolução


Bloco 4

Dabliueme - Andarilho
Anti - Éticos - Nós por Nós
Dudley Perkins - That s The Way It`s Gonna Be

sábado, 2 de abril de 2011

Entrevista com Teixeira e Sousa


O rapper Fábio Emecê e Clovis Bate-bola estiveram com a presença do ilustre poeta e romancista cabofriense Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa, mas conhecido como Teixeira e Sousa. Pessoa de grande humildade e conhecimento. Coisa difícil foi entrevistar este senhor de olhar triste e voz rouca tamanha a sabedoria existente em suas falas. por vezes preferimos não interromper os rios de sabedoria que jorram pelas palavras desse gênio da nossa literatura.

Para os que não conhecem a obra genial escritor, vale lembrar que é autor do livro O filho do pescador, que é considerado o PRIMEIRO ROMANCE BRASILEIRO. É filho de um português com uma negra. Teve de abandonar o estudos para aprender uma profissão que ajudasse economicamente a família. Aprendeu a mecânica e a carpintaria e trabalhou no Rio de Janeiro durante muitos anos. Hoje, disputa com camelôs o espaço para vender seus livros na rua Érico Coelho. Revoltado com o estado atual da cultura na cidade, diz que se pudesse voltar atrás, teria exposto sua obra em outra cidade.

Teixeira e Souza, sua vida, assim como a de muitos artistas em Cabo Frio, foi muito difícil. Como foi ficar só no mundo tão cedo?
Eu, como todo mestiço, tive de trabalhar muito cedo para ajudar em casa. Era um tempo difícil e não havia a facilidade que hoje se tem de aprender. Ou você passava dias aprendendo uma profissão ao lado de quem tem anos de experiência ou você morria de fome. A gente tinha de trabalhar estudando. Não havia tempo para trabalhar e fazer curso a noite. O meu tempo de laser era dedicado as letras.

Você está com um barraquinha no miolo comercial de Cabo Frio. Houve alguma dificuldade para conseguir a liberação da prefeitura para vender seu livro no local?

Mesmo tendo escrito o primeiro romance brasileiro, tive dificuldades em conseguir espaço na rua para vender. E, mesmo depois de ter conseguido a liberação da secretaria de ação e postura da atual administração, tive que enfrentar muitos problemas com os camelôs no local.


E as casas de cultura locais, como têm olhado para o seu trabalho?




Essas casas pouco se importaram com a minha literatura. Talvez, no dia em que eu morrer, serei lembrado pelo poder público como talento local. Mas, isso não passará de objeto de valorização cultural com cunho eleitoral. Essa é a realidade quando se tem a cultura comandada pela batuta de homens sem compreenção do que fazem com a máquina pública e sem paixão pelo seu povo, por suas origens.


Como tem sido o seu meio de sobrevivência nessa realidade desfavorável?


Graças a Deus, tenho vivido de minha aposentadoria. Trabalhei por durante anos no Rio de Janeiro de carteira assinada e hoje posso sobreviver da minha aposentadoria de um salário mínimo. É muito pouco, mas é melhor do que ter de viver de pensão de políticos.



Há pouco tempo chegou à câmara dos vereadores um projeto de lei que pretendia obrigar a prefeitura a dar uma espécie de "pensão" para o senhor. Como foi a sua reação?


Eu agradeço a ajuda desses senhores que creio terem sido escolhidos democraticamente para representar o povo. Mas, recusei e recusarei sempre. Sou homem que sempre viveu do próprio suor e não será hoje, na minha velhice, que irei sucumbir aos apelos caridosos de políticos. Gostaria de ganhar dinheiro sim, e muito. Mas, quero ganhar pela minha arte e não por esmola ou pena. Quero ser reconhecido pelas próximas gerações como o retrato de algo de bom que aconteceu em Cabo Frio e não mais um sanguessuga do dinheiro público.


Como o senhor tem visto os que movem a cultura na cidade?


Com excessão das entidades autônomas, o resto são meros sanguessugas. Homens que nunca tiveram um lápso de inspiração ou conhecimento de arte, hoje regem as secretarias de cultura como se fossem suas biroscas. Tratam o funcionário público como se fossem criados e o artista como um mendigo. O que esperar desses homens que ganham sem fazer cultura senão o opróbio. Existem também aqueles que fazem alguma obra de arte, mas é mero narcisista preocupado com a necessidade de ser reconhecido acima de sua arte. Isso é lastimável. Esses dias soube da polêmica entre dois rapazes na cidade brigando pela autoria de uma obra de arte. Triste saber que estes talentos natos brigam pela necessidade de serem reconhecidos.


Como você vê esta dependência do poder público por parte dos artistas?




Existem artistas na cidade que nunca publicaram nenhuma obra. Nunca produziram nada que se possa chamar de arte e se gloriam como se fossem deuses nos céus. Há até mesmo aqueles que pagam para outros artistas produzirem suas obras e só assinam. Estes tem um único objetivo de caçar espaço dentro dos governos. Não têm compromisso nem com o município nem com a arte. Sua arte deve ser um reflexo seu e não um cartão de visita para ganhar portarias. Gostam muito de fazer pose na hora de serem fotografados, mas as mãos não estão com marcas de trabalho.


O senhor reconhece algum artista da cidade como expressão de talento?


Esses dias eu caminhava pelo canal e avistei um jovem rapaz, com um chapéu branco e roupas leves, pintando o entardecer da cidade, virado para as águas do Itajurú. Ele olhava sua obra com um olhar triste. Ninguém percebia a magnífica arte que trascorria de suas mãos e se fixava naquele pedaço de pano. Fiquei a certa distância vendo aquele jovem e me perguntando onde erramos na hora de produzir a cultura nessa cidade? Por que aquele pintor estava tão triste e, mesmo estando triste, pintava? Que esperança tem aquele jovem que o faz pintar?


E quanto ao estado da Casa do Wolney, onde residiu o fotografo que mais retratou a cidade durante as décadas de ouro da comunicação brasileira, como o senhor reage ao ver um local histórico reduzidos aos escombros?


É um retrato do nível de cultura e preocupação do poder público para com a cidade. Mas, não posso ser inocente nessa história. Eu creio profundamente que em algum lugar, nós erramos na hora de fazer nossos pequeninos herdar nossa cultura. Ver a casa onde morou o jovem Wolney reduzida aos escombros mostra essa realidade. Em algum lugar nós erramos. Ver os escândalos do carnaval na cidade mostra que nós erramos. Ver toda vergonha política ser exposta nacionalmente, com prefeitos disputando quem tem maioria em processos, expoe nossa culpa na educação de nossos filhos e herdeiros.


Mas, veja o lado bom. A cidade de Cabo Frio será a primeira na Região dos Lagos a ter uma novela própria, produzida por artistas da cidade. Não é um bom recomeço?

Sim, muito me alegra essa nova realidade que se forma a partir desses novos espaços de exposição de arte. Esperamos que essa novela ajude a fazer a arte de Cabo Frio voltar-se para seu povo. Que estes novos artistas façam com que nossa população tenha orgulho de si, que se sinta um como povo e não um bando de forasteiros ou gente corrída de outras cidades. Tenho esperança de que o povo desta localidade que inspirou a novela seja o centro das atenções e não a velha elite.

O senhor acredita que o branqueamento da sociedade cabofriense ainda exista?




Tendo em vista que boa parte dos artistas louvados na cidade não são negros, nem oriundos das classes simples ou com raízes na cidade, creio plenamente que esse branqueamento ainda exista. Espero que essa nova realidade artistica não reproduza os erros do passado e passe a valorizar nossa identidade. Que negros sejam negros e tenham orgulho disso. Espero que vocês não caiam na armadilha do branqueamento dos homens.

O seu retrato nos livros de história reflete esse branqueamento?


Me divirto muito quando vejo alguns desenhos retratos que utilizaram para representar-me na história, mostrando um rosto longe de minhas raízes. Eu pareço tudo nesses desenhos, menos um filho de uma negra com um português. Nessa imagem clássica eu pareço mais com Abraham Lincoln do que com um mestiço brasileiro. Espero que esta geração abra o espaço para minorias que a minha geração não abriu.