terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ih Rapaz, O Fernando Pessoa era racista!


E aí Fellas, a postagem de hoje é em homenagem a Festa Portuguesa, tão bem feita na minha querida cidade Cabo Frio. Já que convidaram o escritor anti-cotas, Ferreira Gullar, eis que mostro uma faceta do querido Fernando Pessoa que nem heterônimo usou, ele mesmo assim as falas. Podem dizer: Ele era um homem do seu tempo. Sim, é óbvio, mas todos os homens e mulheres do tempo dele eram racistas?
Leiam e depois exaltem o progresso da Feitoria graças aos portugueses.

“A escravatura é lógica e legítima; um zulu (negro da África do Sul, que falava a língua banto) ou um landim (indígena de Moçambique, que falava português) não representa coisa alguma de útil neste mundo. Civilizá-lo, quer religiosamente, quer de outra forma qualquer, é querer-lhe dar aquilo que ele não pode ter. O legítimo é obrigá-lo, visto que não é gente, a servir aos fins da civilização. Escravizá-lo é que é lógico. O degenerado conceito igualitário, com que o cristianismo envenenou os nossos conceitos sociais, prejudicou, porém, esta lógica atitude”

Pessoa continua, em texto de 1917:

“A escravidão é lei da vida, e não há outra lei, porque esta tem que cumprir-se, sem revolta possível. Uns nascem escravos, e a outros a escravidão é dada. O amor covarde que todos temos à liberdade é o verdadeiro sinal do peso de nossa escravidão”.

Quase dez anos depois, ele se mantinha firme nessas convicções racistas:

“Ninguém ainda provou que a abolição da escravatura fosse um bem social”. E ainda: “Quem nos diz que a escravatura não seja uma lei natural da vida das sociedades sãs”?



Um comentário:

  1. Esse pensamento, ainda está na mente das familias dominante de poder de nosso país, a abolição da escravatura ainda é um instrumento de aperfeiçoamente daqueles que a utilizam, pois, Se a lei deu a liberdade jurídica aos escravos, a realidade foi cruel com muitos deles. Sem moradia, condições econômicas e assistência do Estado, muitos negros passaram por dificuldades após a liberdade. Muitos não conseguiam empregos e sofriam preconceito e discriminação racial. A grande maioria passou a viver em habitações de péssimas condições e a sobreviver de trabalhos informais e temporários.

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