sábado, 9 de junho de 2012

Conceito de Entrega: Bêbados, surdos e mudos



Advertiram-me sobre o teor dos textos escritos dentro do tema “Conceito de Entrega”, dizendo que ia ser algo que esquentaria a cuca de determinadas pessoas que poderiam se identificar com os personagens citados. Como somos radicais e não corremos do perigo, continuaremos. Rs...
Diante de tantas coisas para dizer e acontecer, fico pensando em como se sustenta uma gestão diante da terrível capacidade de fazer tudo via feeling e ficar propagando espaços de meia-dúzia de pessoas como se fosse algo de grande valia.
Estou falando da política cultural novamente (droga, sempre falo disso né) e seu incrível secretariado que sempre lança livros e livros e mais livros. Nada contra os livros, só que temos tantos leitores assim?
Conversando com um amigo, chegamos a conclusão que as secretarias municipais não tem uma planilha organizacional com exceção da Fazenda e umas duas outras. O resto é um balaio de gato em que o secretario delega funções múltiplas a determinadas pessoas e o resto são funcionários frutos dos esquemas de sempre para se manter famílias, legados, viagens e benesses.
Sem contar a velha prática de se dar uma quantia para o filho de não sei quem, amigo do seu acolá para se fazer um evento de teor público, onde se traz artistas da preferência desse pretenso produtor para ele reunir alguns amigos e curtir a apresentação sem a necessidade de se ir para um grande centro, uma metrópole.
Olha só, mas pode ir quem quiser, o evento é gratuito, certo? Certo, é sim. Só que não existe exatamente um critério para se trazer artista x ou y. O que existe é um filho de sicrano elencado a produtor master e ele usa apenas sua vontade pessoal para trazer quem ele bem entender.
Sem contar o funcionario multifuncional que faz site, filme, distribui flyer, responde artista e ainda produz evento, faz a grande façanha de separar uma cota do dinheiro público para agraciar o artista com substâncias psicotrópicas. Dinheiro bem empregado.
E com o stand em feiras consumistas e o teatro com as poltronas carcomidas, estamos diante do paradigma do diálogo em salas de gabinete. Na luta de quem fez mais ou menos, as obras do Texeira e Souza continuam sem publicação.
Poderia me mudar de Cabo Frio, fazer uma plástica, montar uma banda psicorocksoulgrooveataque, ser chamado por um produtor Master desses, que segundo as boas línguas só tem dois, e tomar umas cervejas a custas do dinheiro público e tudo certo.
Não serei xingado, não serei taxado de reclamão, talvez seja considerado um intelectual por conta da minha influência rockeira e farei uma galera mexer o corpo. Afinal, ser bêbado, surdo e mudo por aqui acaba sendo uma vantagem.
Tá bom, ninguém me ama, eu sei. Faça um favor, abra o livro na página 15 e tenta ler as próximas páginas. Quem lê seus males espanta...

2 comentários:

  1. Salve meu bom compatriota!
    Parabéns pelo trampo no blog e pelo som!
    Tremenda surpresa nesse domingo chuvoso.
    Parabéns e obrigado por compartilhar tanta informação de qualidade.

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  2. Opa Felipe, que bom que comentou. Tava carente de comentários kkkk Tamo aí trabalhando e tentando compartilhar aquilo que considero válido para ser absorvido por todos. Tamo ae pra somar!! Abração irmão!!!

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