Talvez sejamos um bando de desajustados. Procurando um lugar para se encaixar, mesmo sabendo que não existe nenhum lugar com as caracteríscas tão almejadas por nós. Pedreiro, carpinteiro, auxiliar de alguma coisa, professor de matéria nenhuma, ouvinte da ópera obliqua, técnico de som de uma bande de Noise, limpador de esperma de cabine erótica, catador de bolinha em campo de golfe, incentivador de animos que estavam exaltados, explorador da caverna sem luz, ser o transito para mulheres que querem experimentar... Tantas coisas, tantas possibilidades e o vazio continua. Estou com uns trocados, vou tomar um açaí e ir para a beira da praia ver o mar. Clichê! E daí, já que não nos encaixamos em lugar nenhum, o que é clichê mesmo? Hahahahahahaha. Vamos dar risada dessa porra e chamar a preta favorita para uma noite de sexo sem compromisso. Compromisso! Não conseguir um fechamento a essa hora da vida é foda. É foda também fazer as coisas acontecerem como planejado. Cobrança, cobrança, cobranca caralho! Estou escondido em baixo da cama, diz que eu não estou. Já tô sabendo da novidade e não tenho nada mais a fazer. Doar até as forças se esvairem. Todos os sintomas apontam para o óbvio. Você não se encaixa em lugar nenhum, seu merda. É acordar sozinho, escutar as músicas favoritas sozinho, ver filmes interessantes sozinho e praticar a proposta revolucionária com outros bandos de desajustados. Quer dizer, proposta revolucionária é uma pretensão diante do que é proposto, pois na verdade é mais uma tentativa de se encaixar em algo. Desajustado não é um bom termo, seria melhor “uso como dispositivo transitório para experimentações mais significativas”. Vamos chegar de mansinho para não atrapalhar o amor do casal. Cuidado para não tropeçar nos fios. Preste atenção, pois pode derrubar o copo de café. Não faça barulho, a fala dele é interessante. Já terminou de usar aí? Gostaria de limpar a sala. Você virá aqui hoje? Não! Um dia consigo montar o cubo mágico...
Nenhum comentário:
Postar um comentário